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Aprendiz de Teologia e Filosofia

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

HÁ TEMPOS: A VONTADE HUMANA COMO IDEAL

Não é a canção de Renato Russo. Se bem que a mesma caberia no texto, devido seu importante teor ecatológico. Mas não é isso que quero falar. Há tempos, os jovens buscavam uma liberdade ideológica. Afinal, livres de quê? Queremos ser livres da pornografia, carregando-a no pensamento. como ser livre de alguma coisa que tenho prazer de pensar. Devo ser livre de meus pensamentos, dizia Agostinho. É assim que nós vivemos. Há tempos, sonhamos com uma sociedade livre do sexo. Uma cidadela de santos. Exigimos dos jovens o afastamento do sexo, e corremos para nosso leito a fim ter as melhores carícias de nossos amantes. Em Brasília, tem gente amando demais. Se estamos satisfeitos com a política, nada deve mudar. Se não estamos, há tempos pedimos uma revolução.



Há tempos, a ligação entre a politica e a chícara de café não andam mais juntas. União essa, que leva o homem a pensar, sem ser manipulado. leitor absoluto de sua ideia pré-fabricada. Desculpe-me o senhor novo acordo ortográfico. É que desde a leitura de Cem anos de Solidão, não sou mais o mesmo. ando com medo de ler as notícias, que conforme diz meu amigo comunista, anda atrelada ao poder do dinheiro político. Em quem posso confiar? Se o o jornal da manhã foi comprado por magnata do palácio, tenho que fazer a leitura crítica de mim mesmo: Será que no decorrer de minhas andaças eu tenha financiado o silencio da verdade? Porque antes, colocávamos no poder aqueles que calariam a nossa voz. Hoje não mudou nada. É por isso que há tempos que as crianças brincam no quintal, dissimulado tudo que é sério, sem levar em conta aquilo é inocência. Temos a tendencia de ser criança. Faz parte do currículo de cada um: não sou responsável por que faço, se deixaram um copo de vidro na minha mão, alguém será penalizado, mas um objeto deste não pode ficar nas mãos de um inocente. Culpado é o outro.



Há tempos a escolha tem procurado seus responsáveis. Os materialistas dizem que a culpa é do universo. Ele está em desordem. O responsável é a desordem, da mesma forma que os brinquedos estão espalhados na varanda. Os agostinianos já encontraram uma explicação divina para a responsabilidade, ora, se temos brinquedos e que brinca, temos também aquele que comprou-os, utopia ou não, brinquedos são fabricados, o restante inverteu a brincadeira: o brinquedo é que produziu a fábrica. Idiotice! É como disse o cronista do jornal matutino: era assim nos tempos em que a filosofia clássica pedia discussão a respeito dos mesmos sujeitos, a igreja comprou a retórica de que sempre foi assim. A moda é discutir. Vamos comer pão e nos divertir no circo, sinonimo de idéias novas. Um rapaz chamado Tiago, disse que a discussão em torno daquilo que se tem vontade; se não houver intecionalidade seguida de ação, será inútil (Tg 2:17).



Gosto de muito das idías pós-modernas. Pena que são apenas idéias. alguém arriscaria tirá-las do projeto? Ou seria mais um discurso. Em "A cidade ideal", Chico Buarque, que deveria ser ouvido pelo clero protestante, empresta-nos uma idéia daquilo que representa nossos discursos políticos: queremos uma cidade ideal, um bairro ideal, um país idealizado e não o construímos. Porque? fica na utopia, porque nossos ideais são individualizados. Há tempos, como naquela canção para um cachorro, a cidade ideal dum cachorro deveria ter um poste por metro quadrado, mas isso atrapalharia a cidade das galinhas, pois o poste ocuparia o local ideal para ser ter um punhado de minhocas. Cada um quer ter a cidade do seu ideal, na discussão atual, não é como antes, o que tem prevalecido é o meu ideal, por isso não posso concordar com as galinhas, só porque não como minhocas. ainda bem que tanto ,como a tempos atras, o nenhum ideal de fato prevaleceu a longo prazo, e quando isso ocorre ou é por que as crianças estão ocupadas com os brinquedos. Percebi que cai, na armadilha do discurso. Estou apenas divagando, ou tentando convecer a não fazer o que mais precioso que temos em mãos: pensar escrevendo, mas é esse é só mais um discurso.

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