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Aprendiz de Teologia e Filosofia

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Batismo com Espírito Santo como uma benção de segunda categoria

Esse é um desaforo teológico. Um exagero de Atos 2. Afirmar que o batismo com o Espírito Santo é adquido após a conversão é baixar o Espírito ao nível da falibilidade. O problema é que a experiência, tem formatado a forma de se compreender essa doutrina tão importante.

Ao lermos a primeira carta aos coríntios, não precisamos nem de um diploma de hermeneuta para entender o contexto. A igreja estava com dificuldade teológica e moral. Paulo clama em bom som:
"Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito." Isto é mais do que esclarecedor. Pode então algum estudioso questionar: o que fazer com o texto de Atos 8, Filipe pregou, Simão creu e depois foi batizado. Ora depois de um tempo, Pedro e João foram para aquele local e oraram para que recebessem o Espírito Santo. Pense comigo: Isso provaria a doutrina da segunda bênção se não houvesse um problema de interpretação.

O problema:
Esse texto não é doutrinário. mas uma narrativa de fatos. Isto é observado em Atos 8:12, versículo chave para entender todo o texto. Para alguns comentaristas do novo testamento, entre eles, I. Howard Marshall, Pedro e João são enviados para aferir o trabalho de Filipe (que estava sendo de maneira equivocada). O texto apresenta Simão como um indivíduo que não creu em Jesus Cristo. Sua fé estava firmada em seu líder Filipe. A versão Almeida Corrigida Fiel mostra este homem com alguém que fica atônito com o homem Filipe, se lermos o texto na bíblia NVI, conseguimos equalizar a emoção do rapaz ele ficou "maravilhado".

O texto de Atos 2:38 traz uma linda mensagem: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo". Mas se ao ser batuzado em nome de Jesus, o pecador não se submeter ao Senhorio de Cristo, estará somente tomando um banho.

Além disso, João 14 fala que estaríamos sendo usados pelo Espírito de Deus sempre: "estará sempre conosco e em nós", mas se vivermos como nos tempos da lei, em que o Espírito entrava e saia dos crentes, todo o novo testamento é mentira. O que não é. Digo isso pela fé.

Esse mesmo problema vai ocorrer com o texto de Atos 19, onde o ver´siculo dois apresenta-se também como chave para entendermos o texto. Não foram estas pessoas batizadas duas vezes com o Espírito Santo. Mas, eram pessoas que estavam convencidas. Tanto em Atos 8 como em Atos 19, oas indivíduos estavam crendo em histórias. Logo, concluimos que, para ser batizado no Espirito Santo faz-se necessário ser crente em Jesus, e um indivíduo só pode crer em Jesus se conhecer realmente em Jesus. Não precisamos de curso de exegese para entender claramente o texto. Está na nossa cara!!


Nós crentes, temos que buscar, não o batismo com o Espírito Santo, mas o fruto do Espírito.
Sermos cheios do poder de Deus comendo e arrotando o sabor do fruto do Seu Espírito.

E qual é a conseqüência disso? Vou gritar? Cair no chão? Falar línguas que ninguém entende?

Não, certamente que não.

Ser cheio do Espírito Santo é ter uma vida de santidade, uma vida de devoção total a Deus. Não há consenso em dizer que somo cheios do Espirito Santo, sem sermos batizados por Ele. Batismo é selo. Qualquer aluno de EBD sabe isso. Os milagres e as maravilhas acontecerão de acordo com a bondade soberana de Deus, não por causa de homens que possuem poder e que decretam o que Deus deve fazer. O poder pertence única e exclusivamente a Deus diz o salmo 62.


Algumas evidências do Batismo no Espírito Santo:
1) O Batismo no Espírito Santo nos leva a glorificar a Deus.
1 João 16.13-15 - " O Espírito Santo nos guiará a toda a verdade, glorificará a Jesus e anunciará as obras de Jesus e do Pai".

2) O Batismo no Espírito Santo nos traz convicção de filhos de Deus.
João 14. 16-23 - "estará sempre conosco e em nós"

3) O Batismo no Espírito Santo nos direciona a ter amor pelas Escrituras.
João 16.13 - "Ele vos guiará a toda verdade".

4) O Batismo no Espírito Santo efetivará o nosso amor por outras pessoas.
Atos 2. 44-46 - "Estavam unidos e tinham tudo em comum"

5) Os Batizados no Espírito Santo tem marcada pela santidade.
Atos 2.38-40 - "Arrependei-vos..."

6) O Batismo no Espírito Santo nos leva a ter repúdio pelo pecado.
Romanos 12.9-11 - "Detestai o mal, apegai-vos ao bem e as virtudes da vida cristã"

7) O Batismo no Espírito Santo forjará um imenso desejo de testemunhar.
Atos 2.18 e 40 - "Falaremos com ousadia a respeito da salvação"

Se alguém conhece uma pessoa crente, mas que não é batizada com o Espírito Santo, deve-se entender que esta pessoa nunca foi um crente genuíno, pois todos os que crêem são ou foram batizados com o Espírito Santo.Como diz o texto bíblico em Atos 2:38: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo".

Dizer que não recebeu a promessa derramada por Jesus, o batismo com o Espírito Santo, será o mesmo que dizer que tal pessoa não se arrependeu dos seus pecados.


Sugestão de leituras:
Batismo e plenitude do Espirito Santo - John Stott
El Espírtu de pentecostés - F. Van Deursen
A obra do Espirito Santo - Isaltino Gomes C.Filho
Esboço de teologia sistemática - D. Bancroft

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

HÁ TEMPOS: A VONTADE HUMANA COMO IDEAL

Não é a canção de Renato Russo. Se bem que a mesma caberia no texto, devido seu importante teor ecatológico. Mas não é isso que quero falar. Há tempos, os jovens buscavam uma liberdade ideológica. Afinal, livres de quê? Queremos ser livres da pornografia, carregando-a no pensamento. como ser livre de alguma coisa que tenho prazer de pensar. Devo ser livre de meus pensamentos, dizia Agostinho. É assim que nós vivemos. Há tempos, sonhamos com uma sociedade livre do sexo. Uma cidadela de santos. Exigimos dos jovens o afastamento do sexo, e corremos para nosso leito a fim ter as melhores carícias de nossos amantes. Em Brasília, tem gente amando demais. Se estamos satisfeitos com a política, nada deve mudar. Se não estamos, há tempos pedimos uma revolução.



Há tempos, a ligação entre a politica e a chícara de café não andam mais juntas. União essa, que leva o homem a pensar, sem ser manipulado. leitor absoluto de sua ideia pré-fabricada. Desculpe-me o senhor novo acordo ortográfico. É que desde a leitura de Cem anos de Solidão, não sou mais o mesmo. ando com medo de ler as notícias, que conforme diz meu amigo comunista, anda atrelada ao poder do dinheiro político. Em quem posso confiar? Se o o jornal da manhã foi comprado por magnata do palácio, tenho que fazer a leitura crítica de mim mesmo: Será que no decorrer de minhas andaças eu tenha financiado o silencio da verdade? Porque antes, colocávamos no poder aqueles que calariam a nossa voz. Hoje não mudou nada. É por isso que há tempos que as crianças brincam no quintal, dissimulado tudo que é sério, sem levar em conta aquilo é inocência. Temos a tendencia de ser criança. Faz parte do currículo de cada um: não sou responsável por que faço, se deixaram um copo de vidro na minha mão, alguém será penalizado, mas um objeto deste não pode ficar nas mãos de um inocente. Culpado é o outro.



Há tempos a escolha tem procurado seus responsáveis. Os materialistas dizem que a culpa é do universo. Ele está em desordem. O responsável é a desordem, da mesma forma que os brinquedos estão espalhados na varanda. Os agostinianos já encontraram uma explicação divina para a responsabilidade, ora, se temos brinquedos e que brinca, temos também aquele que comprou-os, utopia ou não, brinquedos são fabricados, o restante inverteu a brincadeira: o brinquedo é que produziu a fábrica. Idiotice! É como disse o cronista do jornal matutino: era assim nos tempos em que a filosofia clássica pedia discussão a respeito dos mesmos sujeitos, a igreja comprou a retórica de que sempre foi assim. A moda é discutir. Vamos comer pão e nos divertir no circo, sinonimo de idéias novas. Um rapaz chamado Tiago, disse que a discussão em torno daquilo que se tem vontade; se não houver intecionalidade seguida de ação, será inútil (Tg 2:17).



Gosto de muito das idías pós-modernas. Pena que são apenas idéias. alguém arriscaria tirá-las do projeto? Ou seria mais um discurso. Em "A cidade ideal", Chico Buarque, que deveria ser ouvido pelo clero protestante, empresta-nos uma idéia daquilo que representa nossos discursos políticos: queremos uma cidade ideal, um bairro ideal, um país idealizado e não o construímos. Porque? fica na utopia, porque nossos ideais são individualizados. Há tempos, como naquela canção para um cachorro, a cidade ideal dum cachorro deveria ter um poste por metro quadrado, mas isso atrapalharia a cidade das galinhas, pois o poste ocuparia o local ideal para ser ter um punhado de minhocas. Cada um quer ter a cidade do seu ideal, na discussão atual, não é como antes, o que tem prevalecido é o meu ideal, por isso não posso concordar com as galinhas, só porque não como minhocas. ainda bem que tanto ,como a tempos atras, o nenhum ideal de fato prevaleceu a longo prazo, e quando isso ocorre ou é por que as crianças estão ocupadas com os brinquedos. Percebi que cai, na armadilha do discurso. Estou apenas divagando, ou tentando convecer a não fazer o que mais precioso que temos em mãos: pensar escrevendo, mas é esse é só mais um discurso.