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cariacica, Espírito Santo, Brazil
Aprendiz de Teologia e Filosofia

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Vontade humana III

Por uma desumanidade de Deus ou a nova catastrofe intectual

Para o melhor entendimento clique aqui:
François Varillon - O poder de Deus e o poder do amor (R.Gondim)



Realmente também acho infantil esse subtítulo. Ele surge após a leitura de um texto mais infantil ainda. É uma criatura. surge da essencia de mais uma irracionalidade de um senhor. Ao falar do poder de Deus e suas atitudes faz-se necessário estar atento sobre que deus estamos falando. A minha pergunta inicial é existe mais de um deus no cristianismo. A impressão que nasce agora é que tenos no borjo da protestantismo dois deuses. E por isso o protestante pode por um momento achar-se orgulhoso for apelidado de "fundamentalista". Seja um. Mas não caia no erro de pregar um outro deus, como faz o "senhor liberal" em seu texto. Humanizar a Deus é despi-lo de suas roupas divinas. É fazer de Deus um homem. É inverter a ordem dizendo: façamos a Deus conforme a nossa imagem e semelhança. O desejo, alavanca da vontade é evidentemente dar espaço para que tenho como sonho concreto e recusar o que entre o desejo e a inteligência se interponha a vontade é assumir que não sou livre. A vontade torna-se responsável pela ação e essa ação voluntária governa os afetos. Logo, colocar o amor do Senhor em igual nível ao fraco sentimento humano é forçar não só o paragrafo, mas aludir que o divino agora também pode ser achado fazendo compras no mercado mais próximo. Isso é liberalismo disfaçado de nada. Antes o lideralismo tinha força de expressão. Confundia as pessoas, agora seus seguidores ostentam-se em bajular o ateísmo científico, tornando-se não só despresível, mas engraçado. Ele não sabe "como ser livre e controlado ao mesmo tempo", deduzimos que nunca leu a bíblia então, e que por esse motivo não enende que a revelação de Deus é continuo ato de homens tomando decisões e um Deus corrigindo "a merda" por eles feita. Simplismo meu. Como posso exigir que o "senhor liberal" acredite na bíblia. Ora, essa correção de Deus é um atrelar da vontade do individuo. A paixão como lugar de recepção de uma ação, seu terminus ad quem; a ação como lugar de onde parte uma operação, seu terminus a quo, é como um gatilho, ele não mata sozinho, de sorte que uma paixão será ação e uma ação, paixão. Ação precisa de acionamento. Não é próprio do indivíduo ser bom, e por isso existe o cristianismo. Sem cruz não haveria revelação, sem revelação não haveria vontade de Deus. Se Deus tem uma vontade para o indivíduo, há uma anulação da outra vontade, a do homem. Lembrando que, aprender que é necessário fazer a vontade de Deus é estar conciente de que a liberadade humana anula a capacidade de Deus. Estar livre é estar fora de Deus, é negar os atos dele, é viver de forma que me agrada. Por isso pregam o niilismo, por isso acham melhor ser ateus do que "fundamentalistas". Gostam de estar desnudos de regras, mesmo que a regra seja Deus. O padre François Varillon é um equivoco e seus seguidores erram juntos por acharem que a vontade soberana de Deus é uma ameaça a liberdade humana. O que é isso? O poder de Deus não não está a serviço da minha liberdade. Isso é uma confusão dos liberais, a minha liberdade é o resultado do poder de Deus. Por isso somos chamados livres. Nossos apelidos dizem tudo, as vezes somos chamados servos por que somos escravos de um Senhor, outras de filhos. Ao mesmo tempo o indivíduo é filho do Rei. É o paradoxo do cristianismo. Proponho a desumanização de Deus, porque ele não precisa agir de forma que o ser humano entenda. O conhecimento humano não pode exigir explicações de Deus. Ele é que governa. ou não? Não tem o Eterno a chaves da mais importantes cidades do mundo espiritual? Sim, a não ser que não creia no texo revelado a João: “Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as chaves da morte e do inferno”(Ap 1.18). Não estar preso nas garras do bem é veradeiramente um suicídio, e nisto concordo com o "senhor liberal", que não terá escolha: morrerá livre como acha que é, presumindo que a extensão do corpo é alma! Pensar que o homem é contituido de três partes é abrir mão da liberdade. Pois até o suicida não pode escolher dar cabo a própria vida, por que esta não acaba aqui.

Para estudo sobre o tema, sugiro:

LIBANIO, João Batista. Deus e os homens: os seus caminhos. Petropolis: Vozes, 1990.

HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Editora Hagnos, 2007.

CHAUI, M. Ser parte e ter parte: servidão e liberdade na Ética. Discurso, no 22, 1993, p. 63-122 (publ. do Depto. de Filosofia, FFLCH-USP).

LALENDE, André. Vocabulário Tecnico e Crítico da Filosofia. 3ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.