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Aprendiz de Teologia e Filosofia

terça-feira, 21 de junho de 2011

O OUTRO EVANGELHO


Satanás é um arquiimitador. Ele está agora em atividade no mesmo campo em que o Senhor Jesus semeou a boa semente. O diabo está procurando impedir o crescimento do trigo, utilizando-se de outra planta, o joio, que em aparência se assemelha muito ao trigo. Em resumo, por meio de um processo de imitação, Satanás está almejando neutralizar a obra de Cristo. Portanto, assim como Cristo tem um evangelho, Satanás também possui um evangelho, que é uma imitação sagaz do evangelho de Cristo. O evangelho de Satanás se parece tanto com aquele que procura imitar, que multidões de pessoas não-salvas são enganadas por este evangelho. O apóstolo Paulo se referiu a este evangelho, quando disse:   

“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou    na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (Gl 1.6,7). 

Este falso evangelho estava sendo proclamado mesmo nos dias do apóstolo, e uma terrível maldição foi lançada sobre aqueles que o pregavam. O apóstolo continuou: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (v. 8). Com a ajuda de Deus, nos esforçaremos para explicar, ou melhor, para desmascarar este falso evangelho.

O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem mesmo um programa de anarquia. Este evangelho não promove conflitos ou guerras, mas tem como alvo a paz e a unidade. Não procura colocar a mãe contra a filha, nem o pai contra o filho; ao invés disso, ele fomenta o espírito de fraternidade pelo qual a raça humana é considerada uma grande “irmandade”.. .e

Este evangelho não procura mortificar o homem natural, e sim aprimorá-lo e enaltecê-lo. O evangelho de Satanás defende a educação e a instrução, apelando ao “melhor que há no íntimo do ser humano”; tem como alvo fazer deste mundo um habitat tão confortável e agradável, que a ausência de Cristo não será sentida e Deus não será necessário. O evangelho de Satanás se esforça para manter o homem tão ocupado com as coisas deste mundo, que não tem ocasião nem inclinação para pensar no mundo por vir. Este evangelho propaga os princípios do auto-sacrifício, da caridade e da benevolência, ensinando-nos a viver para o bem dos outros e sermos bondosos para todos. Apela fortemente à mentalidade carnal, tornando-se popular entre as massas, porque ignora os solenes fatos de que, por natureza, o homem é uma criatura caída, está alienado da vida de Deus, morto em delitos e pecados, e de que a única esperança se encontra em ser nascido de novo.
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Em distinção ao evangelho de Cristo, o evangelho de Satanás ensina que a salvação se realiza por meio das obras; incute na mente das pessoas a idéia de que a justificação diante de Deus ocorre com base nos méritos humanos. A frase sagrada do evangelho de Satanás é: “Seja bom e faça o bem”; mas falha em reconhecer que na carne não habita bem algum. O evangelho de Satanás anuncia uma salvação que se realiza por meio do caráter, uma salvação que é o reverso da ordem estabelecida por Deus, em sua Palavra — o caráter se manifesta como fruto da salvação.
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As ramificações e organizações deste evangelho são multiformes. Temperança, movimentos de reforma, associações de cristãos socialistas, sociedades de cultura ética, congressos sobre a paz, todas estas coisas são empregadas (talvez inconscientemente) em proclamar este evangelho de Satanás — a salvação pelas obras.   
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Cristo é substituído pelo cartão de apelo; o novo nascimento do indivíduo é trocado pela pureza social; e a doutrina e a piedade são substituídas por filosofia e política. A cultivação do velho homem é considerada mais prática do que a criação de um novo homem em Cristo Jesus, enquanto a paz universal é procurada sem a interposição e o retorno do Príncipe da Paz.

Texto extraído em:

PINK, Arthur W. Outro evangelho. São Paulo: Editora Fiel [Revista Fé para Hoje].

sábado, 18 de junho de 2011

SINDROME DE JUDAS: A postura evangélica brasileira no contexto da ditadura militar

Recentemente li um livro que conta a história de Bonhoeffer. Fica claro em sua biografia, que esse rapaz entendeu e aprendeu o discipulado de Jesus. Ser discípulo de Jesus Cristo transcende as paredes de uma igreja, na verdade, algumas vezes elas ficam restritas a uma parede úmida e um chão frio de uma cela. A revista Isto é desta semana (19/06/2011) retrata algo alarmante: uma igreja dividida em si mesma. Na ditadura militar, enquanto alguns cristãos lutavam por liberdade (principalmente a de expressão), outros delatavam seus próprios “irmãos”. Paulo já dizia, um membro depende do outro, como entender então a ‘mão’ batendo no próprio ‘rosto’, ou puxando a própria ‘orelha’. Esta postura evangélica é marca de uma ortodoxia doente e legalista. Fica evidente que para salvar a própria pele, vale a pena o papel de Judas. Ficar preso pelos irmãos é o mesmo que “andar uma milha”. Um grupo se manteve fiel, mesmo que seja um grupo não tão bem visto pela sociedade evangélica. Pois, pejorativo é ser ecumênico, e, ser ‘macho’, ser ‘tradicional’ é se manter “fiel” à bíblia, mesmo que para isso tenha que colaborar com a tortura dos irmãos. Uma boa notícia é saber que, mesmo que o Conselho Mundial de Igreja, traz à tona um precioso trabalho documentado sob as atrocidades da ditadura. Vinte anos antes, enquanto na Alemanha um homem caminhava lentamente para a forca, recusando-se negociar sua fé, no Brasil, vinte anos depois, o CODE e a alta polícia contava com capelões de igrejas protestantes que eram renumerados para manter a ‘ordem’ nas celas, através de uma catequização macabra e chamada de ‘cultos evangelísticos. Como diria o Boris: “isso é uma vergonha”.

Para acessar a máteria na integra na Revista Isto É, clique aqui:

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Simpósio de Filosofia e Psicanálise

Ufes sedia simpósio sobre Filosofia e Psicanálise

Acontece nos dias 16, 17 e 18 de junho, o VI Simpósio de Filosofia e Psicanálise, realizado pelo Curso de Especialização em Filosofia e Psicanálise da UFES. O evento contará com a participação da coordenação do curso, professores orientadores, tutores e estudantes. O Simpósio é realizado anualmente desde 2006, e tem como objetivo despertar o interesse dos participantes para os temas da filosofia e psicanálise e motivá-los à modificação de suas práticas profissionais, no sentido de uma atuação mais interdisciplinar. Busca também ampliar o debate e promover o intercâmbio entre pesquisas realizadas no Departamento de Filosofia da UFES e outros Departamentos de outras universidades, e estreitar a parceria editorial entre as universidades envolvidas para apresentar um projeto de um livro coletivo.

Os debates ocorrem no auditório e salas do CCE. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local. Quem tiver dúvidas, basta entrar em contato com a professora Claudia Murta, nos telefones 9969-3350 / 4009-2094 / 4009-2513 ou pelo email cmurta@terra.com.br
Programação
16 de junho de 2011 (quinta-feira)
Manhã – 09h às 12h – Encontro de e professores para orientação de TCC em salas simultâneas
Tarde – Conferências – Auditório do CCE (Centro de Ciências Exatas)
14h – Claudia Murta (UFES) – Proximidades e diferenças da elaboração do conceito de gozo nos pensamentos de René Descartes e de Jacques Lacan
15h – Maria Cristina Sparano (UFPI) Os nomes do Pai
16h – Intervalo
16h30min – Daniel Perez (PUC-PR) Comer o outro por amor: Identidade e identificação
17h30min – Francisco Bocca (PUC-PR) Histeria, primeiras formulações teóricas de Freud
18h30min – Intervalo
19h – Eládio Craia (PUC-PR) Psicanálise e literatura
20h – Arthur Araújo (UFES) Que relevância tem o problema filosófico 'outras mentes' para a psicanálise? - uma análise a partir do artigo 'Outras mentes' de John Austin.

17 de junho de 2011 (sexta-feira)
Manhã – 09h às 12h – Encontro de e professores para orientação de TCC em salas simultâneas
Tarde – Conferências – Auditório do CCE (Centro de Ciências Exatas)
14h – Fernando Pessoa (UFES) Existência e liberdade
15h – Luiz Romero Oliveira (Estácio de Sá) A dimensão trágica da psicanálise
16h – Intervalo
16h30min – Alberto Murta (UFES) Do sintoma ao Sinthoma
17h30min – Vladimir Safatle (USP) Patologias da Vida Social
18h30min – Intervalo
19h – Claudio Oliveira (UFF) Agamben e a Psicanálise face à Lei: na origem, somos sujeitos ou objetos?
20h – Show da banda Jazz Letal no “ponto de encontro” da ADUFES com lançamento de livros:
Filosofia, Psicanálise, Sociedade – Claudio Oliveira (org.)

18 de junho de 2011 (sábado)

Manhã – Encontro de e professores para orientação de TCC em salas simultâneas