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Aprendiz de Teologia e Filosofia

sábado, 18 de junho de 2011

SINDROME DE JUDAS: A postura evangélica brasileira no contexto da ditadura militar

Recentemente li um livro que conta a história de Bonhoeffer. Fica claro em sua biografia, que esse rapaz entendeu e aprendeu o discipulado de Jesus. Ser discípulo de Jesus Cristo transcende as paredes de uma igreja, na verdade, algumas vezes elas ficam restritas a uma parede úmida e um chão frio de uma cela. A revista Isto é desta semana (19/06/2011) retrata algo alarmante: uma igreja dividida em si mesma. Na ditadura militar, enquanto alguns cristãos lutavam por liberdade (principalmente a de expressão), outros delatavam seus próprios “irmãos”. Paulo já dizia, um membro depende do outro, como entender então a ‘mão’ batendo no próprio ‘rosto’, ou puxando a própria ‘orelha’. Esta postura evangélica é marca de uma ortodoxia doente e legalista. Fica evidente que para salvar a própria pele, vale a pena o papel de Judas. Ficar preso pelos irmãos é o mesmo que “andar uma milha”. Um grupo se manteve fiel, mesmo que seja um grupo não tão bem visto pela sociedade evangélica. Pois, pejorativo é ser ecumênico, e, ser ‘macho’, ser ‘tradicional’ é se manter “fiel” à bíblia, mesmo que para isso tenha que colaborar com a tortura dos irmãos. Uma boa notícia é saber que, mesmo que o Conselho Mundial de Igreja, traz à tona um precioso trabalho documentado sob as atrocidades da ditadura. Vinte anos antes, enquanto na Alemanha um homem caminhava lentamente para a forca, recusando-se negociar sua fé, no Brasil, vinte anos depois, o CODE e a alta polícia contava com capelões de igrejas protestantes que eram renumerados para manter a ‘ordem’ nas celas, através de uma catequização macabra e chamada de ‘cultos evangelísticos. Como diria o Boris: “isso é uma vergonha”.

Para acessar a máteria na integra na Revista Isto É, clique aqui:

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