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cariacica, Espírito Santo, Brazil
Aprendiz de Teologia e Filosofia

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Discipulado, uma opção pela graça II

Pão ou circo? Como somar o social com o espiritual? E depois, como ver de fato se há discipulo do pão ou discipulo do pão? Por um desabafo sobre a maneira de vivenciar a missão integral, escrevo não para dizer que sou a favor da miséria, mas para desabafar minha insatisfação com um tipo de missão que olha para a barriga e esquece a alma. O homem, como já foi visto anteriormente, não necessita de um embrião motivacional para o seguir. Basta ser o homem/mulher devido sua gênese quase divina e correlata ao divino. Ser humano no sentido estreito da palavra sugere resposabiliadade de não-ser irracional. Logo, concordo com Sartre, o homem não pode ser parte de uma missão, seja ela qual for, se não engajar esforços próprios. Esse esforço é dele mesmo. É sua existência. Na medida que enfeitamos o evangelho para ser apresentado é como se o mesmo não fosse tão poderoso e tão impactante. Erramos em querer fazer um discipulo de quem não o quer. O discipulado exige ser-o-outro-ele-mesmo, assim quando Jesus chama ao discipulado, chama para sair. Em Lausanne, Suiça, cerca de 3.500 líderes de várias denominações de diversos países debaixo do lena "que o mundo ouça a voz de Deus" reuniram-se para discutir e planejar a cerca da evangelização mundial. Depois de muita interação e diálogo entre vários tipos e vertentes do pensamento teológico mundial, nascia em 1974 o que passou a ser conhecida por teologia da missão integral. É a proposta de um evangelho para o homem todo. Naquela reunião falou muito alto a participação de alguns nomes da teologia latino-americana. No congresso de Lausanne, apenas duas coisas não faz coro com o discispulado de Jesus:

1) A reflexão puramente social: Anunciar a palavra de Deus num ambiente espúrio, onde os pobres são oprimidos, onde prevale. O adorar a Deus virou vale alimentação e kit social. Numa ocasião recebemos alguns irmãos americanos que piamente, sairam em suas férias rumo ao Brasil, ajudar os pobres para pregar o evangelho da salvação. Atendimento médico, odontológico, doação de roupas importadas, exames de vista e óculos grátis, lanche, brinquedos para as crianças. No final de tudo 2000 familias foram cadastradas. então saímos para conversar com essas fámílias. Não fomos bem recebidos. Uma senhora de 63 anos que havia marcado em sua ficha de cadastro que, gostaria de ter uma visita de oração e estudo bíblico, disse, que foi apenas para conseguir os óculos que não conseguiu comprar com sua aposentadoria. Assim foi com 90% dos visitados. E o que isso tem a ver com Lausanne? Muita coisa. Neste empreendimento tivemos exelente resultado social e quase nada de discipulado. Algumas comunidades parecem pregar um evangelho das obras meritórias. Dificilmente levam a verdade, mas se ostentam em distribuir cestas básicas.


2) Pouco esforço evangelístico: Por ter uma tendência por um pouco liberal o congresso enfatizou o homem na sociedade. Basta ouvir um adpto do pacto para perceber que não há fervor evangelístico. Falta disposição para testemunhar na virtude do Espírito Santo. Porque? (leia Atos 1:8) Crer em milagres (seria muito cruel exigir isto). Logo lembrei-me de outro dia quando algumas pessoas apresentaram o evangelho puro à uma família. Não eram teólogos e nem pastores evangelizando. Apenas apresentaram a salvação de forma simples. Sem kit social, sem atendimento médico, sem sopão. Motivados apenas pelo poder de Deus. Pelo dom do Espírito Santo, e aquelas pessoas já deram um passo inicial na caminhada com Cristo. Eram apenas o homem existindo em sua genese. Quando perguntei a um pastor se poderiamos realizar um plano de evangelização nos lares. Ele me disse que sua igreja não tinha orçamento para o trabalho e que "hoje as pessoas não querem ouvir apenas histórias da bíblia..." Quando lemos no livro de gênesis "...imagem e semelhança..." podemos enteder essa gênsese.O envagelho é uma opção pela graça, não uma opção secundária. Não algo que por ser ganho como amostra grátis. Uma amostra grátis é somente adquirida porque vem acompanhado daquilo que realmente interessa. Por ser imagem refletimos a mesma caricatura. Deus ama as pessoas, então passamos a amar também, sem ouro, sem prata, sem marmitex. Apenas o evangelho.  Puro e simples. As igrejas do evangelho social estão na vitrine. Lógico, é papel da igreja ajudar o pobre e o necessitado, mas não é essa a sua bandeira. Sua bandeira é Cristo e este ressucitado.

Um comentário:

  1. Pr. Devaci Acrizio de Paula22 de fevereiro de 2011 às 10:26

    Graça e paz, li o seu arttigo e dou coro as suas palavras.
    Precisamos urgente de pessoas que pela fé se coloque como transmissor do puro evangelho, pois quando o homem é liberto dos vícios e outros costumes a graça que o alcançou leva os seus novos companheiros a ajuda lo se for isso que ele esta necessitando

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